DAD 10S4X – O MonsterSub do Januario

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10sx4

Certa vez o nobre Walter Ullmann me falou que pior que fazer a primeira caixa, seria ficar sem fazer outras. Segundo ele, o pó de serra vicia…

Não é a toa que ele merece todo o meu respeito. 🙂 😀

E como a muito tempo na fazia nada e um amigo de longa data, o Januário me pediu um subwoofer, topei o desafio na hora mas não seria um subwoofer qualquer, deveria ter alguns pré-requisitos obrigatórios:

  • Que fosse bem musical;
  • Deveria utilizar drivers de 10″;
  • Que fosse preferencialmente selado;
  • E o mais importante, que fosse realmente pequeno;

No link abaixo, um álbum de fotografias completo com fotos de todas as etapas da construção e espero que gostem, poderão ver ainda que eu quase consegui cumprir todas as exigências do amigo Januário… 🙂 Ao longo do texto, aproveito para publicar algumas poucas fotos também!

                 

Clique aqui e veja as fotos de toda a construção

Depois de alguns meses de trabalho (faço por hobby e só mexo nisso no pouco tempo que sobra nos finais de semana) e uma série de contra-tempos, incluindo uma parafusadeira que teimou em me desobedecer e rasgar a borda do alto-falante de uma tacada só, o subwoofer ficou pronto e enquanto escrevo este o mesmo já está em Campinas tocando na bela sala do exigente amigo!

Abaixo, posto um resumo de toda essa pequena novela:

A pintura – Por ele ser todo “escurão” tive que dar uma atenção especial a esta parte, que diga-se de passagem é o que menos gosto, para ser sincero, detesto mesmo. 🙁

Pintei em um preto fosco e ficou lindo, perfeito, quase um veludo!!! Estava feliz até que surgiu a primeira poeira e fui limpar, hehehe… simplesmente era impossível fazer a manutenção, pois o “fosco” arranha de uma fora assustadora, um simples espanador deixava marcas…

Ok, vou pintar de fosco novamente e dar um verniz, terei a beleza do fosco que tive e a proteção do verniz! Como a vida seria boa se tudo fosse simples assim, ledo engano, quando joguei o verniz, apareceu defeitos na superfície que nunca tinha visto e que o fosco simplesmente escondia… Neste momento, eu já adorava pintar ! Acontece que detestei o “tom” resultante!

Com ele pronto, já tocando super bem, veio a derradeira idéia, vou é pintar tudo novamente. Prepara daqui, tampa dali, protege acolá e lá vai pistola…. agora, sem frescura mas no preto que mais gosto: “Esmalte Sintético Acetinado

Bass Reflex x Selada – É notório por todos a minha insatisfação com caixas BR, mas este subwoofer era a chance que tinha de tentar inverter este meu sentimento, pois com 4 de 10″, uma ótima sensibilidade e uma facilidade para grande SPL a BR teria que ser algo realmente trágico para não agradar, mas como a totalidade das caixas que escutamos são BR e como já tive a oportunidade de ouvir algumas realmente maravilhosas, surgiu a idéia:

Vou fazer ambas neste subwoofer, que poderá ser usado da forma que quiser. Simples, meto um fundo duplo, no primeiro coloco os dutos, ajusto a melhor sintonia e depois, ao gosto do dono, coloca-se um tampo ou não, uma idéia perfeita até para quem gosta de se divertir com isso, o que não é meu caso, logicamente.. 🙂 😀 A litragem permitia isso!!!

Isso feito, algumas conclusões:

  • Como Dutado – Se a busca for por muito SPL, ótima qualidade e sem o trabalho todo abaixo, pode ser muito bom e até ideal dependendo do tipo de música que gosta. Ficou bom e sem frescuras…. consegui socar o portão lá de casa, quase 20 metros de distância do subwoofer. Ficou I G N O R A N T E

  • Como Selado – Seria a opção por musicalidade, não tem jeito, transientes perfeito, ataque alucinante e seus ouvidos adorando cada nota que entra linda nesta região complicada. Minha opção sem dúvida, mesmo com os contras, que devem ser considerados com muita atenção:

    Baixo SPL se comparado ao mesmo subwoofer em BR e principalmente, descendo muito pouco dentro do que chamamos de subgraves, infelizmente por conta das Specs destes alto-falantes que claramente devem ser usados em BR.

Algo diferente na sala
Subjetivamente falando, foi o grave um tanto “diferente” do ponto de vista acústico que já tive no meu humilde lar, definitivamente ele teve uma interação completamente diferente de todos os outros, em selado então foi muito diferente mesmo.

Os 4 drivers usam um espaço centro-a-centro entre eles de aproximadamente 28cm e isso corresponde a uma onda de 1.230hz logo, posso usar e abusar deste tipo de configuração sem que tenha nenhum cancelamento.

Na teoria, por ter “apenas” 1,20 de altura, ele deve estar fazendo uma onda em near-field a uma distância muito superior em relação a apenas 1 driver e sobre o ponto de vista acústico, pressão sonora e interação com o ambiente, já é algo muito interessante. Como minha sala não é dedicada e o peso dele não ajuda muito, não tive como testar em muitas posições, mas fiquei com a impressão que tem algo diferente e sem saber exatamente o que foi…

Fome por potência
Brinquei com ele aqui usando o geriátrico HA-II e temos que admitir, que power valente este, agora, a idéia que tenho é que cheguei por vezes muito próximo do limite do Power mas nunca do subwoofer, esse aparenta não ter limite…. só vendo ou melhor, ouvindo!!!

Vou lamentar profundamente para sempre não ter jogado um power com 3KW para ver o quanto deve ser alucinante o head-room em música clássica deste danado, pois com o HA-II o que ele aprontou, foi digno dos meus melhores sonhos… hehehe O power definitivo dele será um ACURUS que é MUITO superior e mais forte…

Graves Processados
Aqui uma nota importante, neste caso em particular, não tem problema o uso da selada, pois isso foi considerado no projeto e o crossover que já está na mão do Januário é algo muito especial, feito para ajustar eletrônicamente o que deve conferir na prática algo fabuloso pois seria como botar a curva perfeita, do subwoofer perfeito na sua sala…

Fica a dica, sem uso de eletrônica processada, com estes drivers, nada feito em selada. 🙂 😀 Agora, o alto-falante é MUITO BOM, tem um grave maravilhoso, muito musical e é muito bem construido!
Vou passar alguns links, que farão a ficha cair com o que chamo de “grave-processado” deste exemplo, que só é possível, pela alta sensibilidade atingida e a capacidade monstruosa de deslocamento no total deste pequeno que é equivalente a um hipotético de 20″ Mas nada de inventar moda com apenas um driver nacional de 10, 12 ou mesmo de 15″ :legal:

Com o BFD, uma alternativa real

Como não tinha aqui o crossover feito sob encomenda e usando o BFD para tirar picos da sala e ajustar a curva com um “booster” na primeira oitava, ficou sendo certamente um dos subwoofers mais hi-end que já tive o prazer de escutar. Como o BFD não passa de R$ 400,00 pode e deve ser considerado para quem quer ter algo MUITO musical sem perder o charme dos subgraves e de quebra ainda ajustar e tratar os graves no seu ambiente, ou seja, um resultado muito TOP mesmo…

Com relação ao BFD, façam uma busca no Google e terão uma idéia do que falo, mas abaixo posto um link obrigatório.

BFD – http://www.hometheatershack.com/forums/bfdguide

O uso e configuração dele sempre foi muito chato, tendo que consultar algumas tabelas e ajustando os filtros manualmente, chato, mas simples e rápido depois que se paga a manha…

Agora, se você já tem um Decibelímetro, ligue no micro e aí a coisa pode ser até ridícula, pois usando o REW, um freeware que irá lhe sugerir a forma mais optimizada dos filtros com todos os valores, vai fazer os ajustes em 5 segundos… se achar esse tempo longo, compre uma interface MID que custa um pouco mais de R$ 100,00 e aí, transfere todo o trabalho para o simples ato de apertar um botão.
REW – http://www.hometheatershack.com/roomeq/

Uma busca no Google para entender como funciona um EQ, seja convencional ou paramétrico também pode contribuir para lhe dar um entendimento do funcionamento e dos benefícios, links como estes que catei agora rapidamente:

Links importantes:

  • Álbum de fotografias com mais de 100 fotos

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