Caixa Acústica JBL – Reforma de um modelo misterioso

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Introdução

Um amigo do amigo, ganhou de herança um par de “umas caixas bem antigas, grandes e pesadas” e que precisariam ser reformadas para que pudessem dar uma solução nesse presente tão inusitado… o amigo então me procurou, pedindo para que eu apenas laminasse já que apesar de super bem construídas, as caixas acústicas estavam com as lâminas literalmente soltando…

Como já sabiam qual era o suposto modelo, cataram um esquema de crossover na internet e com isso meu trabalho seria apenas laminar, dar uma ajustada na tela e montar o crossover baseado no tal esquema que possuíam..

Resumindo a  novela, não era nada disso… pois apesar de similaridade com algumas caixas da época, definitivamente não era nenhum modelo conhecido. E eu continuo sem saber que modelo era esse e ficarei super feliz se alguma alma caridosa matar essa charada.

Mas vamos ao que interessa, vejam as fotos do estado inicial.

Os componentes

Basicamente uma caixa 3 vias, com 1 woofer sintonizado por um radiador passivo. Tweeter é o belíssimo 2405 (http://www.usspeaker.com/jbl%202405H-1.htm) e como médios os igualmente belos (e super valorizados) 2441 (http://www.jblpro.com/pub/obsolete/2441.pdf).

Um par desses médios, podem custar até uns USD 3.000,00 quando impecáveis cmo os que estão nessa caixa… esses 2 componentes, são meio que conflitantes entre si mas ambos equipavam apenas os modelos bem tops da JBL.

O woofer é o ótimo 136h.  Eu percebi que a coisa seria “estranha” quando dei por mim dessa salada, pois o woofer apesar de muito bom não está no mesmo nível altíssimo dos médios e altas e para piorar, estamos falando de um driver de médios que tem ABSURDOS 120dBs de sensibilidade que deveria ser casado com apenas um woofer com uma sensibilidade normal, ou seja, na casa dos 90dBs….

Para piorar de vez, ao olhar a caixa, os terminais traseiros denunciavam algo mais complicado ainda… a caixa era na verdade TRI-AMPLIFICADA e por isso essa salada de componentes deveria ser domados com muita facilidade.

Só que a nova missão era um crossover passivo….

A Laminação

Aqui não tenho muito o que falar, apenas passar cola, juntar o laminado e torcer para que tudo funcione… 🙂 😀

O crossover

Eu até montei o tal crossover sugerido e o resultado foi uma tragédia das mais assustadoras que já pude presenciar… ficou MUITO ruim mesmo, como diria um carioca raiz, RUIM COM FORÇA  e a certeza de um tempo perdido a toa.

Agora estava diante de um problema não esperado, tive que bater curva de todos os componentes e simplesmente projetar um novo crossover mas tendo em mente uma diferença absurda de ganho na curva de respostas dos respectivos componentes.

Mas como sou teimoso, consegui um resultado muito bom, com uma variação média menor que +/- 3dBs na faixa útil de 500hz a 20k, coloquei o crossover dentro do gabinete, mudei os conectores para apenas um par e pronto. CAIXA TOCANDO ABSURDAMENTE BEM!

Ps. Por conta do peso dessa caixa e da falta de ajudantes no dia, tive que medir dentro da oficina e com isso desconsiderem os extremos por causa do ambiente.

O grande final

Como podem ver abaixo, ficou muito interessante e é curioso ter uma caixa relativamente baixa assim na sala… mas explica de maneira singela a razão dessas caixas serem tão amadas em cada lugar desse planeta. Foi uma missão muito especial sem dúvida.