Quem não gosta de lidar com velharias? Fui “convidado” a fazer um redesenho de um gabinete para o aclamadíssimo Altec 604E que mostro abaixo, uma verdadeira lenda. Tido por muitos como um dos melhores alto-falantes já fabricados. Por baixo, uns 45 anos de vida o que é interessante por ser mais velho que esse que vos escreve…
Em uma medição preliminar para ver se estava tudo ok, fiquei desapontado com as altas (do driver) que aparentemente acorda em 1.5khz e vai chorando a pouco mais de 11khz.
Meio decepcionante a resposta das altas, que se por um lado não compromete certamente perde aquela magia das lindas extensões dos tweeters modernos.
Intrigado com a resposta fraca das altas do gráfico, achei por bem testar é com música. Espetei uns capacitores, achei no “ouvidômetro” um bom corte e ouvi música por um bom tempo e o difícil foi desligar, toca fácil, toca limpo e é muito agradável. Mas como seguro morreu de velho, consegui um aclamado Snake 4202 que já é descontinuado mas é muito interessante e por conta de sua altíssima sensibilidade, foi o escolhido.
Componentes definidos, hora de brincar com um formato e partir para a fascinante jornada de marcenaria envolvendo um gigante e pesado gabinete.
O trabalho de tupia para o tweeter foi bom, mas espepetar o danado com ela montada, foi um parto… o tweeter simplesmente foi projetado para ter o parafuso pela frente, simples assim.
A caixa é um monstro, não tem como ser diferente com um woofer de 15”
Cuidado nos mínimos detalhes, como sempre e finalmente a tão espera hora da roupa de gala. Detalhe para o woofer, que por ser projetado para instalação por dentro, tem umas malditas “ranhuras” na traseira que me obrigaram a fazer ums pequenos e milimétricos cortes no rebaixo do furo. Se não complicar, não tem graça…
Ipê champagne
E já com tela e lustrada, na sala… Um detalhe curioso é que preferi fazer a implementação do tweeter como opcional, dessa forma, será possível alternar entre o original e com a inclusão das altas pelo snake.
Depois voltarei com novas fotos em um ambiente mais adequado e um review detalhado com minhas considerações sobre performance e sobre o uso desse tipo de alto-falante para aplicações atuais. Tenho muita coisa para falar, inclusive de minhas soluções com o crossver que preferi projetar do zero a usar o original da época.