LAF – Line Array Fidelity

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De todos os gabinetes, o do tipo “Line Array” sempre foi o que mais me fascinou. Abaixo, coloco suas principais virtudes para que seja possível entender o que eu busquei ao fazer esta caixa, que tinha como desafio principal ocupar o lugar de destaque em minha sala. Quando se monta uma caixinha destas, tem-se os seguintes objetivos:

  • Alta sensibilidade (por baixo 97db);
  • Alta potência (a minha teoricamente suporta 400w RMS por caixa);
  • Curva praticamente plana de impedância;
  • Ausência de distorção, afinal o sinal é distribuido ao longo da linha com 12 drivers no meu caso;
  • Curva de resposta excelente, pois a curva será a media das variações de cada driver;

Mas o mais fascinante consiste em obter dependendo do tamanho da linha versus a distância do ouvinte, uma recepção do som do tipo NearField. Isso na prática oferece um som como onda Cilíndrica (se imagine dentro de um garrafão) e não esférica como é o caso de caixas convencionais e este detalhe traz alguns benefícios super interessantes, que basicamente são:

  • Ausência das reflexões primárias;
  • Maior resolução;
  • Decaimento de 3dBs por oitava por dobro de distância e não 6dBs como em uma caixa convencional;
  • Altissima dinâmica (ouvir musica clássica costuma ser algo espantoso).
  • Etc..etc..
Notem que detalhes como estes transformam, por exemplo, um palco sonoro em algo impossível de se ter em um caixa convencional. Tanto em largura como em profundidade e altura.
  • Material: MDF
  • Expessura: 3 cm com excessão das laterais que foram de 2,1cm
  • Altura: 1,90m
  • Largura: 18cm
  • Profundidade: 42cm
  • Base: 36 x 42cm
  • Peso: 55kg por unidade

Um gabinete deste tipo, tem uma tendência natural de reforçar os extremos. Na teoria, você escutará em maior intensidade a parte superior e inferior da caixa e o seu centro mais baixo. Para resolver isso, existe alguns arranjos (power tapering) de ligações Série/Paralelo para que possa ser tratado, isso pode ainda ser usado para se obter sensibilidade e impedância final de acordo com cada necessidade.

Uma curiosidade interessante deste tipo de caixa, é que o corte do crossover não é feito tendo as curvas dos falantes como referências e sim a distância Centro-a-Centro deles. A razão é evitar que haja cancelamento, os temíveis “comb-lines” que geram picos e vales bem acentuados. Logo, quanto menor o driver (usei de 4 “), melhor, pois uma linha com drivers de 6” teria que ser cortado abaixo de 2.000 o que seria uma tarefa super complicada para a maioria dos tweeters.
E é por isso também, que muitas linhas quando não conseguem vencer esta limitação, se fazem valer de pesados equalizadores, o que não seria aconselhável neste meu caso.. ou uma linha de Ribbon puro, que definitivamente seria o ideal, pois além de oferecer as qualidades que apenas um Ribbon pode oferecer, de quebra apresenta NearField também nas altas frequências. 🙂
LAF – Line Array Fidelity

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