Desde que me conheço por gente lido com computadores e isso certamente já tem um bom tempo, aliás basta procurarem no Google por TK-82C para terem uma ideia da divertida encrenca que era o meu primeiro micro que na época tinha inacreditáveis 2Kb de memória… 🙂 Bons tempos de “Basic” e um gravador “zunindo” por intermináveis 5 minutos para carregar, quando carregava, um programa que muitas vezes se resumia a não fazer nada.
Voltando a atualidade, imaginem um padrão tecnológico que permitisse a troca de arquivos de audio, video ou fotos entre diversos aparelhos independente do fabricante, modelo ou marca, podendo ser de um simples celular, uma máquina fotográfica, um player de blu-ray ou a sua nova TV. Tendo como meio apenas uma rede de computador, com ou sem fio, dessas redes como as que temos em casa…
Pois é, isso existe, não tem nada de futurista e já pode ser usado por qualquer um, é diversão garantida e a mágica foi possível em razão de um grande consórcio de empresas que gerou essas 4 letrinha mágicas: DLNA (Digital Living Network Alliance)
Indo ao que interessa, habilite no seu roteador o recurso UPnP (http://pt.wikipedia.org/wiki/Universal_Plug_and_Play) e sua rede já estará em modo de espera para qualquer hardware compatível, tanto como servidor de arquivos como cliente de arquivos. Peque um micro qualquer da rede e instale um servidor, tem vários, por exemplo:
Na verdade existe uma penca de programas, testei muito até achar os melhores dentro de minhas necessidades e recomendo que façam o mesmo, busquem no Google ou veajm links como esse aqui, que tem um comparativo bem legal entre vários e de diversas plataformas:
No Windows 7 por exemplo já tem Windows Media Player e basta estar habilitado para DLNA. Considere ainda o foco de sua aplicação, eu por exemplo tenho foco voltado para música, não ligo muito para vídeos ou fotos e por isso, ainda recomendo o fantástico plugin para o Foobar (tanto cliente como server – http://www.foobar2000.org/components/view/foo_upnp) ou o pequeno e poderoso Asset (http://www.dbpoweramp.com/asset-upnp-dlna.htm)
O legal vem agora, pois no meio dessa encrenca toda você pode colocar a sua TV com acesso a rede, seu Bluray player ou ainda seus consoles de video games como PlayStation 3 ou Xbox para gerenciar remotamente, as bibliotecas nos diversos micros habilitados como serviores.
Sentado no sofá da sala você poderá controlar todas as mídias do computador que está no PC do escritório com o controle remoto da TV, ou espetar um DAC poderoso na saida coaxial do Bluray e ouvir música de altíssima qualidade sem precisar levantar para trocar CDs e tendo uma bliblioteca de tamanho ilimitado nos HDs que a cada dia estão mais potentes. Essas “fontes” estariam disponíveis ainda em algum NAS que pode estar ligado 24h na internet baixando conteúdo, enfim, praticidade e elegância, com performance aburdamente boa diante de tantas possibilidades sem qualquer fio ou hardware na estante da sala.
O mais interessante foi que por conta dessa padronização todos os “servidores” oferecem a possibilidade de “transcodificar” em tempo real, teoricamente qualquer formato para os que sejam compatíveis com o “cliente” que irá executar, tornado sua TV por exemplo compatível com qualquer formato de vídeo, independente do formato de origem. No link abaixo tem informações sobre os formatos padronizados nos diversos tipos de aparelhos… http://www.dlna.org/industry/why_dlna/key_components/media_format/
Como eu não uso ainda um bom roteador “N” nos testes com vídeos, não consegui na rede sem fio, mas música e fotos rodam sem problemas, como os custos de um roteador começam a ficar bem em conta, sugiro um upgrade assim que necessário para um que aceite B/G e N, de preferência com uma voltagem de saída alta para uma boa antena e que seja “dual band”.
O negócio chega a ser mais divertido ainda quando pego um Tablet genérico com Android que meu filho ganhou do Tio, entro em alguns Pc da rede, escolho o que quero e mando rodar na TV ou no Player da sala, uma loucura divertida com direito a capinha do CD e tudo no Tablet, na verdade o legal disso é ter meios de descentralizar o conteúdo em relação a todos os “devices” da rede. Minha mulher por exemplo pode deixar as fotos no micro dela que a família terá acesso na TV, os MP3 do meu filho de Hip-hop podem estar no seu micro e poderá ser tocado no sistema da sala ou minhas músicas no meu micro e por aí vai… alguns desses softwares já estão trabalhando via “cloud” o que permite fazer o acesso pela internet e não apenas por sua rede doméstica, quem sabe botar aquela música adequada para quando entrar com a namorada na sala o clima já estar perfeito.. 🙂 😀
Para terminar, achei esse vídeo aqui em português e que merece atenção:
Enfim, tenho absoluta certeza que esse é um caminho sem volta pois alia facilidades impressionantes dentro de uma qualidade verdadeiramente boa.
