Parte 1 – Frontais com Full-range do Léo

Categorizado como Temas Diversos
Sala Final 20071027

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O amigo Léo participou de uma bem sucedida aventura com caixas DIY e abaixo posto toda a saga, dita por ele mesmo em relação as frontais que executou. Sugiro ainda uma visita com atenção ao link original no AQ.

O primeiro falante “full-range” que ouvi foi na casa do Dr. Alberto de Itatiba. Era um par de lowther sendo amplificador por um amplificador valvulado. Achei interessante o fato de não precisar de crossover já que esta é uma das características que mais me atraiu para esses tipos de falantes. O som sai do ampliicador direto para a bobina do falante.

Como resultado disso, a dinâmica do som é muito boa. Os médios são fenomenais. Os agudos e os graves são limitados. Por isso o uso com tweeter e subwoofer é essencial.

O tweeter tem que ter uma sensibilidade igual ou maior que a dos falantes full-ranges e deve ser atenuado corretamente de forma que o volume se integre corretamente com o FR (Full Range).

Acredito que um falante FR que seja verdadeiramente “full-range” deve custar muito caro, pois terá que tocar todas as frequências sem gerar nenhuma distorção. É uma tarefa muito dificil para um falante só.

Por que decidi um gabinete selado? Minha sala de audição é pequena (aprox. 15 m2) e a solução para os graves foi separar a fonte de graves de forma que ela fique numa posição otimizada dentro do ambiente. Nem sempre essa posição coincide com a posição das frontais. Outro ponto, é que as frequencias graves não são direcionais, então não servem para formar imagem estereo, portanto pra que ter duas fontes de graves no ambiente? Isso na verdade é outro assunto, mas por essa razão que eu uso um subwoofer e corto a frequência em aprox. 100 Hz usando um crossover ativo projetado especialmente para mim. Vejam que a frequencia 100Hz não foi escolhida de forma arbitrária.

Os maiores problemas acústicos da minha sala ocorrem abaixo dessa frequência (principalmente o maldito 60Hz). Esta frequência não é tão maldita assim. Ela simplesmente não gosta de nascer perto de uma parede. Como o ambiente é pequeno e não dá para afastar as frontais das paredes, jogo tudo que vem abaixo de 100Hz para o sub e, este sim, eu deixo longe das paredes (uma caixa só, independente e mais compacta e pode ficar em qualquer posição no ambiente, pois frequências abaixo de 100Hz não são direcionais. Se você conseguir identificar a posição de um sub tocando, por exemplo, 60Hz, é porque ele não está tocando 60Hz puro e está gerando harmônicos superiores).

Outra vantagem de um subwoofer é que podemos ter aquele sub-grave adicional, que é uma delícia.

Essa explicação mostra que minhas frontais FR responderão aprox. 100Hz para cima, portanto decidi fazer um gabinete selado.

Minha idéia incial era fazer uma caixa. Isso, uma caixa. Imaginem uma caixa de sapatos em pé, com algumas travas transversais. Eu fiz alguns desenhos e coloquei no Audioquorum para o pessoal analisar.

Meu estimado colega Renato indagou por que eu iria fazer uma caixa de sapato com umas travas? Isso poderia gerar ressonancias internas, além do travamento não ser muito eficiente. Ele recomendou então fazer travamentos estilo Line Array e Linha de Transmissão, mesmo sendo um gabinete selado. Dessa forma o travamento seria muito eficiente e formaria uma estrutura interna altamente anti-ressonante.
O resultado ficou muito bom. Uma caixa compacta-pedregulho, totalmente livre de ressonancias e ainda com um spikes By Edson para deixar ainda mais interessante.

O tweeter que estou usando é muito forte, teve quer ser bem atenuado e ficou muito bem integrado com os falantes.

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